Tudo que o GDF precisa fazer ou construir para que as pessoas possam se deslocar com facilidade, segurança e conforto no Distrito Federal faz parte de um plano que está sendo elaborado com sugestões da população. O diagnóstico dos problemas já levantados será debatido na segunda audiência pública do projeto, marcada para o próximo dia 5 de julho.
Ao participar dos debates, a população ajuda a atualizar o Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU) e elaborar o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável do DF (PMUS). As decisões são transformadas em lei, que serve de planejamento para os investimentos do governo em infraestrutura de transporte, acessibilidade e mobilidade das pessoas.
No PDTU são incluídas as obras, as ações e as regiões que serão beneficiadas. É um instrumento fundamental para o GDF organizar e aprimorar o sistema de transporte e a mobilidade. O plano que está em vigor foi elaborado em 2011 e precisa ser atualizado para se adequar à nova realidade de Brasília e Entorno, que desde então passaram por transformações significativas. O número de automóveis particulares no DF, por exemplo, saltou de 1,1 milhão em 2014 para mais de 1,4 milhão em 2024, um aumento de 30,45% em apenas uma década, enquanto a população cresceu cerca de 5% no mesmo período.
A expansão regional e a centralização de empregos no Plano Piloto sobrecarregam os eixos de transporte, gerando longos deslocamentos, congestionamentos e desigualdades. As novas tecnologias e mudanças de comportamento pós-pandemia também impactaram a forma como as pessoas se movem, exigindo um plano que reflita a realidade atual e futura da capital federal.
Durante a audiência pública, será apresentado o diagnóstico que foi elaborado com base nas sugestões que a Semob recebeu nas oficinas que foram realizadas em todas as regiões administrativas nos meses de março e abril. Além das contribuições dos moradores, a equipe técnica realizou pesquisas de campo, estudando a demanda de passageiros e as rotas mais utilizadas, para compreender de forma detalhada os deslocamentos diários dentro das regiões administrativas e entre as RA’s. Todo esse material será apresentado na audiência para fomentar o debate e colher novas contribuições para aprimorar o projeto.
“Este é mais um momento da população fazer sua voz ser ouvida, e contribuir para a melhoria da mobilidade urbana no DF”, disse o titular da Semob, Zeno Gonçalves. Segundo ele, “o diagnóstico que será debatido revela um retrato fiel da situação do sistema de transporte público do DF e ajuda a repensar a operação das linhas de ônibus, para que sejam planejadas conforme as reais necessidades dos passageiros. Por isso, é de grande importância da presença dos cidadãos na audiência”, afirmou o gestor.
Como participar da audiência
O evento começa às 9h do sábado (5/7), no auditório do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), no Setor de Autarquias Norte (início da L2 Norte – Quadra 03, Lote A). Com duração de três horas, a audiência será transmitida ao vivo pela internet.
A participação é aberta a todos: pessoas físicas, empresas e entidades. A reunião será consultiva, reunindo e compartilhando os resultados alcançados até agora, com o objetivo de reforçar a democratização do processo e tornar real a participação da população, especialmente dos usuários do transporte coletivo e defensores da mobilidade ativa.
Durante o evento, os interessados poderão apresentar suas sugestões por escrito em um formulário próprio, distribuído no local, identificando-se como participantes. Todas as informações sobre os canais de transmissão e as instruções de acesso online estarão disponíveis no site sistemas.df.gov.br/PDTU e permanecerão acessíveis até o encerramento da audiência.
*Com informações da Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (Semob-DF)