A Polícia Cívil do Distrito Federal, por meio da 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) , com apoio do Departamento de Inteligência Policial da Polícia Civil do Ceará, deflagrou hoje, 5/6, a operação “Uncover”, na qual cumpriu mandados de busca e apreensão e prisão preventiva em Fortaleza/CE contra um homem de 21 anos, o qual vitimou uma adolescente e sua irmã, maior de idade, da Estrutural, com ameaças, registro, armazenamento e divulgação de vídeos íntimos, com conteúdo pornográfico, por meio do Instagram.
Foram reunidas provas de que, durante o relacionamento, o autor solicitou à adolescente que fizesse vídeos de nudez e conteúdo pornográfico. Quando a menor não mais desejou manter o envolvimento com o autor — que passou a controlar sua vida de maneira de abusiva, por exemplo, obrigando-a a se manter em chamadas de voz e vídeo por quase 24h ininterruptamente —, ele passou a obrigar que ela continuasse registrando sua itimidade que registrasse também vídeos íntimos de sua irmã e uma prima tomando banho.
Além disso, a coagia a assistir cenas de sexo ou pornografia de outras menores, que também eram vítimas dele e tinham suas intimidades divulgadas. Após a vítima interromper o contato com o criminoso, ele divulgou as cenas de nudez e pornografia da vítima e de sua irmã para amigos, parentes e pessoas do convívio delas, vindo a parar somente após constranger a menor a pedir perdão pelo fim do relacionamento. Ainda durante o relacionamento, o autor induziu a vítima a com ele praticar crime, fazendo com que ela obtivesse registros íntimos de uma amiga, residente em São Paulo.
De acordo com a adolescente, o autor teria divulgado tais vídeos nas redes sociais para amigos, parentes e pessoas do convívio dessa outra vítima que, diante da exposição, teria tentado suicídio. Na oportunidade do cumprimento dos mandados, a partir da constatação por perito do Instituto de Criminalistica da PCDF, o autor foi preso em flagrante por estar armazenando conteúdo pornográfico de adolescentes em seus dispositivos informáticos.
O autor foi indiciado pelos crimes de registro, divulgação e armazenamento de cenas de nudez e conteúdo pornográfico de adolescentes e mulheres adultas, constrangimento ilegal, ameaça, perseguição, violência psicológica contra a mulher e corrupção de menores, praticados à distância, por meios digitais e, quando condenado, poderá receber uma pena total de até 36 anos de prisão