O Sol Nascente, em Ceilândia, viveu nesta semana uma história de recomeço. Após anos convivendo com os transtornos provocados pelas chuvas e o medo de perder tudo a cada alagamento, Aline Rocha, moradora da Chácara 134 do Trecho 2, finalmente pôde respirar aliviada. Sua antiga casa ficava em uma área de risco, no ponto mais baixo da rua — local onde a água se acumulava e impedia o escoamento das enxurradas.
Nos períodos de chuva forte, o volume da água chegava a ultrapassar um metro de altura, invadindo residências e causando prejuízos. “Era um desespero. A gente via a água subindo e não tinha o que fazer”, contou o vizinho Kleber Silva, também morador da chácara.
A solução definitiva veio com a remoção da família e a demolição do imóvel, medida necessária para permitir a passagem da nova rede de drenagem implantada pela Secretaria de Obras e Infraestrutura do Distrito Federal (SODF). A ação integra um conjunto de intervenções voltadas a garantir segurança e qualidade de vida à comunidade.
Na manhã de quarta-feira (29), por volta das 8h, um caminhão disponibilizado pela Administração Regional chegou ao local para realizar a mudança. Em poucos minutos, os móveis e pertences estavam embalados e prontos para o novo destino: um apartamento social entregue pela Codhab-DF, na Quadra 105 do Trecho 2.
O novo lar, com dois quartos, sala, cozinha e banheiro, fica próximo ao Restaurante Comunitário e ao Terminal Rodoviário. A chegada foi marcada por emoção. “Estou sem palavras. Só posso dizer que estamos muito felizes com a casa nova”, afirmou Aline.
O vizinho Kleber comemorou junto: “A casa da Aline era nova, mas o lugar era muito ruim e perigoso. Sempre que chovia, acumulava muita água. Estou muito feliz por eles. São pessoas batalhadoras e merecedoras.”
Com a retirada da construção, as máquinas da SODF iniciaram a escavação para a instalação das galerias pluviais e bocas de lobo, que serão seguidas pela pavimentação. “Essa é a solução definitiva do problema”, explicou o engenheiro João Bertini.
Para os moradores da Chácara 134, a mudança representa mais que uma obra: é um novo começo, com segurança, dignidade e esperança de viver sem o medo dos alagamentos.
Com informações da Secretaria de Obras e Infraestrutura do Distrito Federal (SODF)
