O Distrito Federal se prepara para um salto na qualidade do transporte público com a ampliação da frota de ônibus elétricos, prevista para 2026. A meta é colocar 90 veículos em operação, consolidando um modelo de mobilidade urbana mais sustentável, silencioso e eficiente.
Os ônibus estão sendo produzidos pela China Railway Rolling Stock Corporation (CRRC), na cidade chinesa de Qingdao. As negociações, conduzidas pela empresa Piracicabana, já foram concluídas. Um dos veículos encontra-se em fase final de testes na cidade de Santos (SP) e deve chegar a Brasília no fim de janeiro de 2026. As demais unidades começarão a desembarcar no país a partir de março do mesmo ano.
A implantação da frota elétrica exige investimentos significativos. Cada ônibus custa, em média, R$ 3,4 milhões, cerca de cinco vezes o valor de um modelo convencional e três vezes o de um veículo com tecnologia Euro 6. Além disso, a infraestrutura de carregamento representa um desafio adicional: a instalação de 12 carregadores em uma garagem pode demandar até R$ 20 milhões. A Piracicabana iniciará, em breve, a construção da nova garagem e do ponto de abastecimento próximo ao Terminal da Asa Sul (TAS).
Com a operação da nova frota, cerca de 60 mil passageiros serão atendidos diariamente em linhas que conectam a Rodoviária do Plano Piloto ao Terminal da Asa Sul, Esplanada dos Ministérios, Setor de Autarquias e Tribunais, UnB, Noroeste, W3 e L2 Sul e Norte, e o Aeroporto Internacional de Brasília. Atualmente, o DF já possui seis veículos elétricos, responsáveis pelo transporte de mais de 100 mil passageiros por mês e pela redução de 3,2 mil toneladas de CO₂ na atmosfera.
Para o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, a iniciativa representa um avanço histórico.
“Com os ônibus elétricos, teremos um transporte mais eficiente, contribuindo para a qualidade do ar e construindo um legado de sustentabilidade e inovação para nossa capital”, afirmou.
Além dos benefícios diretos à mobilidade, os ônibus elétricos têm papel essencial na melhoria da qualidade do ar e na redução das doenças respiratórias provocadas pela poluição. Segundo o fabricante, cada veículo evita a emissão de 125 toneladas de CO₂ por ano, o equivalente ao plantio de 892 árvores.
Com informações da Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF
