O Jornal de Brasília percorreu alguns pontos do comércio da capital federal para identificar qual a expectativa dos lojistas para este mês de Halloween. As vitrines já exibem máscaras, fantasias e maquiagens artísticas que chamam a atenção de consumidores e movimentam o setor. Segundo o Instituto Fecomércio-DF, 74% dos comércios projetam um aumento moderado, entre 5% e 20%, no volume de vendas em comparação ao ano anterior. Outros 14% preveem crescimento acima de 20%, enquanto 8% esperam estabilidade e apenas 4% acreditam em redução das vendas.

O levantamento mostra que a data vem se consolidando como uma das mais relevantes para o varejo local, impulsionando segmentos de fantasias, festas e doces. Para 54% dos empresários, o Halloween é um período de importância média, e 30% o colocam entre as três principais datas comemorativas do ano. Cerca de 64% dos entrevistados afirmaram que o interesse do público pelos produtos aumentou nos últimos três anos. O ticket médio por cliente neste ano deve variar entre R$ 51 e R$ 100.
No Taguacenter, tradicional polo comercial de Taguatinga, o movimento já é intenso. Juliana Macedo, 34 anos, proprietária de uma loja de artigos de festa e decoração, conta que o aumento na procura é perceptível a cada outubro. “Cada ano a gente percebe um crescimento nas festas de Halloween, e isso reflete direto nas vendas de decoração e artigos festivos”, afirmou. Entre os produtos mais vendidos, ela cita balões temáticos, tintas faciais, sangue artificial e fantasias variadas. Juliana prevê crescimento de cerca de 10% no faturamento em relação a 2024.

Camila Coimbra
As tendências também seguem a cultura pop. De acordo com os lojistas, as fantasias de Vandinha, Annabelle, Freddy Krueger, Chucky e A Noiva estão entre as mais procuradas, tanto por adultos quanto por crianças. A gerente Elisa Vieira, 33 anos, da loja Vitor Festas, também localizada no Taguacenter, confirma o comportamento do consumidor. “O público ainda está mais cauteloso, mas a procura por personagens clássicos e maquiagens artísticas continua forte. Antes da pandemia, o movimento era bem maior, mas esperamos um aumento de até 30% neste mês”, relatou.
No Guará I, a comerciante Dejanira de Lourdes Silva, 67 anos, comanda há quase três décadas a loja Djan Fantasias, fundada em 1995. Ela explica que outubro é o mês mais movimentado do ano, reunindo datas como o Dia das Crianças, o Dia dos Professores e o Halloween. “Mesmo com uma leve queda nas vendas, o público continua apostando nas fantasias de terror. It, Freddy Krueger e Chucky seguem entre os preferidos”, contou.
Dejanira também ressalta que o público adulto é o principal consumidor e que o atendimento presencial permanece o diferencial. “A loja física sempre foi o nosso forte. Aqui o cliente prova, escolhe com calma e sai com o produto certo para a festa”, afirmou.
Para o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, o avanço das vendas mostra que o Halloween se firmou no calendário comercial do DF. “A data já é relevante para o varejo local, impulsionando setores de fantasia, festas e doces, e se consolidando como um momento estratégico de vendas antes da Black Friday e do Natal”, avaliou.



