A ampliação do projeto Em um Piscar de Olhos foi anunciada pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), em parceria com a Secretaria de Saúde (SES-DF) e com o Instituto Elisedape na quinta-feira (15) para todas as 14 coordenações regionais de ensino (CRE). A expansão da iniciativa que leva atendimento oftalmológico preventivo e realiza distribuição de óculos de grau gratuitamente nas escolas do Distrito Federal permitirá o atendimento de mais de 56 mil estudantes.
O projeto já realizou cerca de 40 mil atendimentos no Distrito Federal e, no mês de maio, entregou óculos de grau para estudantes do Gama, Sobradinho e Ceilândia. Agora, serão realizados ao todo 35 mutirões de triagem ocular, a partir de 26 de maio, a começar pela CRE de Planaltina. As triagens nas escolas das demais CREs ocorrerão no segundo semestre do ano letivo. A SEEDF irá selecionar escolas prioritárias, incluídas no Programa de Saúde do Estudante (PSE).
Os estudantes farão o exame de vista nas escolas e aqueles identificados com problemas de refração visual serão triados para consulta mais detalhada, com a presença de seus responsáveis. Nessa consulta, serão indicados os tratamentos e a eventual necessidade do uso de óculos de grau, que será ofertado gratuitamente pelo programa. Os alunos que necessitarem de óculos terão a oportunidade de escolher, entre 40 modelos, a armação que melhor se adapte ao seu gosto pessoal.
Realizado no Centro de Ensino Médio (CEM) 01 de Planaltina, o evento de lançamento reuniu diversas autoridades. A secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, destacou a importância da ampliação do projeto: “Sabemos que os problemas de visão impactam diretamente na aprendizagem. Então, desde a educação infantil até o ensino médio, queremos trabalhar nas 14 regionais de ensino ampliando cada vez mais o Em um Piscar de Olhos”.
Parceria entre setores
O deputado federal Rafael Prudente, responsável pela emenda orçamentária que permitirá a ampliação do programa, destacou a importância do trabalho conjunto entre as secretarias para atender os alunos com problemas de vista. “Esse trabalho entre as secretarias de Educação e de Saúde tem por objetivo atender o maior número de pessoas possível. Serão mais de 50 mil alunos atendidos. Esperamos com isso melhorar as notas, melhorar os índices da educação e a vida dos alunos que vão ser atendidos”, afirmou.
Valmir Lemos, secretário adjunto da Secretaria de Saúde, reforçou a fala do parlamentar, acrescentando a importância do projeto no tocante à gratuidade no atendimento e para aquisição dos óculos, visto que muitos pais não têm condições financeiras de arcar com os custos. “É importante a identificação do problema de vista nessa fase escolar e a oferta de óculos, já que muitos desses estudantes irão precisar dar continuidade no tratamento ocular e pelo projeto a consulta, os exames e os óculos serão gratuitos”, enfatizou.
Banco de dados
Além dos exames de vista e da distribuição de óculos, a ação irá subsidiar o banco de informações sobre acuidade visual, como explica o idealizador do projeto, Leonardo Figueiredo. “Todos os alunos atendidos serão cadastrados nesse sistema de informação da Secretária de Saúde. Isso significa que os resultados dos exames e receitas vão estar disponíveis para os pais e alunos sempre que precisarem”, explicou.
A iniciativa irá disponibilizar dados estatísticos por faixa etária, sexo, tipo de problema de acuidade visual encontrado, dentre outros fatores. Esses dados poderão nortear políticas públicas e estudos sobre doenças oculares em crianças e adolescentes em fase escolar. Os dados dos menores serão protegidos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
*Com informações da Agência Brasília