Redação Jornal de Brasília/Agência UniCeub
Por Bruna Teixeira e Lucas Maia
Nascido no Rio de Janeiro e criado em Brasília desde criança, Manoel Roberto Gonçalves, de 63 anos, divide sua rotina entre diversos esportes, muita disciplina e uma alimentação regrada.
Para ele, a vida na terceira idade representa sua melhor fase. “Me comparo comigo aos 30 anos e percebo que estou muito melhor hoje em dia”, diz.
Betão, como é conhecido, iniciou nos esportes aos 17 anos por influência de um amigo que começou a correr e o convidou. Pouco tempo depois, entrou para a aeronáutica por exigência da mãe.
“Na verdade eu não queria servir, mas a minha mãe me pediu para ir, porque, segundo ela eu era ‘mal criado’”, conta.
Embora o militarismo não tenha sido a principal motivação para uma vida disciplinada, influenciou na criação de hábitos saudáveis.
Depois de um ano de serviço militar, passou a trabalhar como servidor público e, ainda assim, manteve a rotina de exercícios rígida, com atividades físicas seis vezes na semana, divididas entre ciclismo, corrida, musculação, yoga e natação.
Há dois anos o atleta se aposentou do serviço público e avalia que não houve mudança na rotina, uma vez que sempre teve disciplina.
“Eu sempre conseguia tempo para me exercitar. Foi sempre assim. Eu nunca parei. Inclusive, hoje mesmo, caminhei cedo. Então não mudou muito na aposentadoria”, afirma.
Após anos de corrida, Betão sofreu uma lesão na perna. Ele acredita que o principal motivo dessa contusão foi a falta de técnica adequada durante o exercício.
“Hoje em dia não sinto mais dor, já fiz uma cirurgia que corrigiu o problema”, alega.
Após a recomendação médica de evitar a corrida e esportes de alto impacto, surgiu o interesse do atleta pelo ciclismo como uma nova opção de atividade física.
Ele relata a falta de infraestrutura apropriada que Brasília apresenta para a prática de esportes. “Eu moro em Sobradinho, e lá dentro não tem espaço adequado para o ciclismo ou para corrida, então eu optei por pedalar na estrada, que é mais perigoso por causa dos carros, mas não tem pessoas para atrapalhar”, ressalta.
Essa falta de estrutura implica na insegurança dos praticantes da região. “Ainda que eu procure os lugares mais tranquilos e com menos carros, sempre me sinto inseguro e desconfiado, com medo até de roubo, então a concentração na atividade fica meio prejudicada”, destaca.