Dois projetos desenvolvidos em Brasília estão entre os finalistas do Prêmio Espírito Público 2025, que reconhece iniciativas de servidores públicos em todo o país. Os vencedores receberão R$ 10 mil. Pela primeira vez, a cerimônia de premiação será realizada na capital, no dia 27 de novembro, no Brasília Palace Hotel.
O primeiro projeto finalista é o Viveiro do Senado, criado há 14 anos e recentemente revitalizado, que se tornou um Centro de Educação para a Sustentabilidade Ambiental Inclusiva. Localizado em uma área de 800 mil metros quadrados, próxima ao Setor de Embaixadas Norte, o espaço é mantido pelo Núcleo de Responsabilidade Socioambiental do Senado Federal e certificado pelo Projeto Sala Verde, do Ministério do Meio Ambiente.
O Viveiro reúne 18 serviços ambientais, como agrofloresta urbana, compostagem, banco de sementes, jardins temáticos e energia fotovoltaica. Também abriga um centro de triagem de recicláveis, beneficiando cooperativas, a maioria formada por mulheres, e produz 20 toneladas anuais de adubo orgânico a partir de resíduos do próprio Senado.
Com trilhas acessíveis, banheiros adaptados, materiais em braile, audiodescrição e atendimento remoto em Libras, o espaço promove inclusão e educação ambiental. Além de doar mudas de espécies como angico, ipê-roxo, jatobá e jacarandá, o Viveiro recebe estudantes de diferentes níveis de ensino para vivências sobre biodiversidade, reciclagem e preservação.
O segundo finalista brasiliense é o Programa de qualificação do cuidado às pessoas em situação de violência sexual e da interrupção gestacional prevista em lei, criado em 2021. A iniciativa aprimora o atendimento de profissionais da rede pública a vítimas de violência sexual e a pessoas em gestação decorrente de violência, conforme previsto na legislação brasileira.
O curso oferece atualização sobre protocolos de cuidado integral e humanizado, abordando também os impactos emocionais que o contato com casos de violência pode causar aos profissionais de saúde. Segundo a equipe responsável, o atendimento a pessoas em situação de violência sexual exige preparo técnico, empatia e articulação entre diferentes níveis de atenção à saúde.


