Com atendimento descentralizado, hospitais regionais do DF atendem mais de 90 casos de AVC em quatro meses

Entre os meses de junho e setembro, os hospitais regionais do Gama (HRG) e de Sobradinho (HRS) passaram a realizar atendimentos de emergência para casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC), somando mais de 90 pacientes avaliados para tratamento agudo. Antes dessa mudança, moradores das Regiões de Saúde Norte e Sul dependiam exclusivamente do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) para receber o cuidado especializado. A ampliação desse serviço resulta do projeto AVC no Quadrado, implantado pela Secretaria de Saúde (SES-DF) no fim de maio, que busca aprimorar o fluxo de encaminhamentos, acelerar o diagnóstico e garantir que o tratamento comece no primeiro ponto de atendimento.

Os dados desse período inicial de implementação já apontam aumento da assistência especializada à população do DF. Em Sobradinho, por exemplo, houve inicialmente, em junho, dez acionamentos do protocolo para atendimento de AVC; seguidos por 13, em julho; e, finalmente, 16 em agosto. Já no HRG, em agosto, dos 16 atendimentos, sete resultaram em trombólise endovenosa — tratamento médico que utiliza medicamentos, administrados por via intravenosa, para dissolver coágulos sanguíneos (trombos) que obstruem o fluxo de sangue, evitando sequelas e complicações.

De acordo com a secretária-executiva de Assistência à Saúde da SES-DF, Edna Marques, o projeto visa melhorar o atendimento a pacientes com AVC no DF. “Fizemos a descentralização da trombólise endovenosa para o HRS e HRG e introduzimos a trombectomia mecânica no Hospital de Base. O projeto também utiliza telemedicina para conectar hospitais e neurologistas, garantindo atendimento rápido e reduzindo sequelas”.

A intervenção medicamentosa para o tratamento agudo — disponível em ambas as unidades, bem como no HBDF —, tornou-se possível devido à integração, por meio da ferramenta Join, que conecta hospitais da rede a neurologistas especializados 24 horas por dia, que ficam de plantão no próprio HBDF. A tecnologia permite diagnóstico e orientação terapêutica em tempo real, como também análise de imagem.

Corrida contra o tempo

Para a Referência Técnica Distrital (RTD) em Neurologia, Letícia Rebello, quanto maior o tempo decorrido após um AVC, pior é o prognóstico do paciente, ou seja, maior chance de sequelas. “Assim como o infarto, o AVC é uma doença tempo-dependente. A cada minuto, depois do início dos sintomas, são quase dois milhões de neurônios perdidos”, detalha.

Entre junho e setembro, os hospitais regionais de Sobradinho (HRS) e do Gama (HRG) atenderam mais de 90 pacientes em protocolo de Acidente Vascular Cerebral (AVC), ou seja, com necessidade de avaliação para tratamento agudo

A assistência, nesses casos, é encarada como uma “corrida contra o relógio”. “A gente tem sempre que buscar maneiras para reduzir ao máximo possível o tempo de início do tratamento”, justifica Rebello, que também é coordenadora do projeto.

AVC no Quadrado

A perspectiva do projeto é prosseguir com melhoria do desempenho na cobertura assistencial desse tipo de ocorrência. Além da descentralização do cuidado em saúde, o êxito deve-se a reorganização dos fluxos de atendimento, em especial, pelo apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) e Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF); e à capacitação das equipes multiprofissionais associadas.

com informações da Agência Brasília

Compartilhe esse post :

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Create a new perspective on life

Your Ads Here (365 x 270 area)
Últimas Notícias
Categories

Assine para receber notícias

Cadastre seu email e receba todos os dias as nossas notícias em primeira mão.

plugins premium WordPress