O novo boletim epidemiológico de dengue da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) divulgado ontem aponta que a capital federal já registrou este ano 288 mortes pela doença. O número não para de subir, apenas nesta última semana houve a confirmação de 18 óbitos causados pela enfermidade, outras 54 mortes ainda estão em investigação.
Em 2024, até o momento, foram notificados 252.877 casos suspeitos de dengue, dos quais 236.579 são prováveis. Em comparação à semana anterior, ocorreu um aumento de 13.402 notificações de casos suspeitos da doença, e desses, 11.644 são prováveis. Dos casos prováveis, 98% são de residentes do DF, mas também foram registrados na capital federal casos de pessoas que moram em outros estados, como: Goiás (4.545 casos), Minas Gerais (96 casos), São Paulo (57 casos) e Bahia (23 casos).
Já em todo o Brasil, até ontem, o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde contabilizou 3.852.901 casos prováveis de dengue registrados nos quatro primeiros meses de 2024. O número representa mais que o dobro de casos prováveis da doença identificados ao longo de todo o ano passado: 1.649.144.
Dados da pasta indicam ainda 1.792 óbitos confirmados por dengue em 2024, além de 2.216 mortes em investigação. O coeficiente de incidência da doença no país, neste momento, é 1.897,4 casos por cada 100 mil habitantes. A letalidade em casos prováveis é 0,05 e a letalidade em casos de dengue grave é 4,43.
A maioria dos casos prováveis segue concentrada na faixa dos 20 aos 29 anos, seguida pelas faixas dos 30 aos 39 anos, dos 40 aos 49 anos e dos 50 aos 59 anos. Já a faixa etária menos atingida é a de crianças menores de 1 ano, seguida por pessoas com 80 anos ou mais e por crianças de 1 a 4 anos.
Minas Gerais ainda responde pelo maior número de casos prováveis de dengue (1.167.056). Em seguida estão São Paulo (927.065), Paraná (391.031) e Distrito Federal (232.899). Já os estados com menor número de casos prováveis são Roraima (252), Sergipe (3.053), Amapá (4.480) e Rondônia (4.715).
Quando se considera o coeficiente de incidência da doença, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar, com 8.267,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Em seguida estão Minas Gerais (5.682,2), Paraná (3.417,1) e Espírito Santo (2.994). Já as unidades federativas com menor coeficiente são Roraima (39,6), Ceará (109,3), Sergipe (138,2) e Maranhão (138,4).
*com informações da Agência Brasil