BSB 64: Memorial conta a vida e a obra de um visionário

O Memorial conta com uma sala de pesquisa reservada para estudos e pesquisas, sala de metas – dedicada a mostrar algumas das metas de JK -, além da reconstituição da biblioteca particular do presidente no Rio de Janeiro. No espaço, os brasilienses ainda encontram vários objetos particulares do idealizador de Brasília e de sua esposa, Sarah Kubitschek.

Para Euricles Oliveira, funcionário mais antigo do Memorial, o lugar mais especial do Memorial é a biblioteca pelo fato de possuir cerca de três mil livros raros, como os volumes de medicina, além de uma coleção de William Shakespeare doada pela rainha Elizabeth II à JK. “Pra mim é um orgulho trabalhar aqui. Eu nasci no interior da Bahia, e trabalhar todos esses anos aqui é gratificante. Eu sinto como se o Memorial fosse a minha casa. A biblioteca em especial é um lugar maravilhoso, além de guardar uma coleção de Shakespeare que foi doada pela rainha Elizabeth”.

Euricles começou a trabalhar no Memorial aos 27 anos, e atualmente, com 69 anos, já viu visitantes de vários lugares do mundo adentrar as portas do espaço.

“Tem alguns visitantes que se emocionam e até choram quando entram no Memorial. Hoje mesmo um senhor foi ler uma das cartas que o presidente [JK] escreveu e começou a chorar. Depois o senhor ainda me pediu desculpa por estar chorando, mas eu respondi que ele não era nem o primeiro e nem seria o último a se emocionar nesse lugar”.Euricles Oliveira.

O vice-presidente do Memorial e bisneto de JK, André Kubitschek, exaltou a importância do local para Brasília e para os brasilienses: “O Memorial JK tem um valor histórico imenso, aqui a gente retrata a trajetória do nosso ex-presidente JK, uma pessoa audaciosa, corajosa e visionária”.

André Kubitschek

“É difícil escolher um local preferido dentro do Memorial, mas eu gosto muito da Câmara Mortuária, que para mim é um lugar de reflexão da memória do meu bisavô. Gosto também da sala da minha bisavó, Sarah, na qual podemos ver várias fotos e retratos da sua trajetória como primeira-dama do Brasil. Uma mulher também que foi muito parceira e soube tratar com muita responsabilidade o papel de primeira-dama e criou muitos incentivos para as mulheres na política”, completou André.

Em sua primeira visita à Brasília e ao Memorial JK, os mineiros Marconi de Oliveira, 79 anos, e o filho de mesmo nome, o engenheiro Marconi Júnior, 39 anos, ficaram agraciados com a riqueza que existe dentro dos quatro cantos do espaço. “A fundação de Brasília foi essencial para o país porque os estados eram muito distantes e essa fundação trouxe mais proximidade, além de ter promovido um grande desenvolvimento em todo o Brasil. Nós carregamos esse fato como desbravadores da história, e poder vivenciar isso no Memorial é muito importante porque fica vivo, revigora e deixa mais tangível a história da construção de Brasília”, frisou Oliveira.

Memorial JK

  • Horário de funcionamento: terça à domingo, das 9h às 18h

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