No primeiro jogo em casa da ‘era Ancelotti’ na Seleção, o Brasil recebe o Paraguai nesta terça-feira (10) com o objetivo de mostrar evolução e garantir uma vaga na Copa do Mundo de 2026.
Depois de empatar em 0 a 0 com o Equador na estreia do treinador italiano, na última quinta-feira, em Guayaquil, o time brasileiro vai à Neo Química Arena, em São Paulo, para o duelo pela 16ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas.
“O Paraguai está jogando muito bem, é uma equipe muito sólida. A ideia que temos é de jogar uma partida que a torcida vai ficar contente e ter ganho de apoiar a equipe”, comentou Ancelotti em entrevista coletiva nesta segunda-feira (9).
O goleiro Alisson ressaltou a “concentração” e o “sistema defensivo sólido” do time brasileiro no jogo contra o Equador.
“Acredito que isso é uma base para toda boa equipe”, comentou o camisa 1 em entrevista no último sábado.
A Seleção sofreu gols nos quatro jogos anteriores das Eliminatórias, o último deles na derrota por 4 a 1 para a Argentina, que marcou a demissão do técnico Dorival Júnior.
O Brasil é o quarto colocado na competição, com 22 pontos. Equador (2º) e Paraguai (3º) estão à frente, com 24 cada um. Os argentinos, já classificados para o Mundial, lideraram com 34 pontos.
Feliz aniversário?
O jogo, marcado para as 21h45 (horário de Brasília), será no dia do aniversário de 66 anos de Ancelotti.
O melhor presente seria garantir a classificação para a Copa do Mundo. Se o Brasil vencer e a Venezuela pela derrota pelo Uruguai em Montevidéu (20h00), o objetivo será alcançado.
Embora tenha sido planejado com o desempenho defensivo da Seleção em sua estreia, o treinador italiano informou que o ataque precisa ser mais eficaz.
Uma das alternativas para isso é o retorno de Raphinha, que cumpriu suspensão contra o Equador e vem de grande temporada no Barcelona, na qual marcou 18 gols e deu nove assistências no Campeonato Espanhol, conquistado pelo time catalão.
“Raphinha mostrou na última temporada ser um dos melhores jogadores do momento no futebol. Vai nos ajudar muito”, disse ‘Carletto’.
O atacante do Barça formaria o ataque com Vinícius Júnior e Matheus Cunha, que entraria no lugar de Richarlison como centroavante.
“Sabemos que futebol é processo. Não adianta atropelar as coisas e achar que de uma hora para outra se resolverão todos os problemas”, apontou Alisson.
“A gente sabe que tem que melhorar. E não adianta eu vir aqui e falar que nós estamos num grande momento, porque nós não estamos”, expressou, por sua vez, o volante Casemiro.
“Acho que a atitude da equipe no último jogo já foi muito boa. Mas agora temos que priorizar mais a parte ofensiva”, acrescentou o jogador do Manchester United.
“Nada a perder”
O Paraguai, que derrotou o Uruguai por 2 a 0 na última rodada das Eliminatórias, será um adversário difícil.
O time está invicto há nove jogos com o argentino Gustavo Alfaro como treinador: cinco vitórias e quatro empates.
Os paraguaios venceram o Brasil em setembro do ano passado por 1 a 0, em Assunção, com gol do atacante Diego Gómez, que nesta temporada se transferiu para o Brighton da Inglaterra.
“Vim ao Paraguai confirmou de que ideias nos avaliar para a Copa do Mundo. Estamos muito perto de conseguir”, disse Alfaro em entrevista coletiva antes da viagem da delegação paraguaia a São Paulo.
Assim como o Brasil, a seleção paraguaia, que terá o desfalque do volante Matías Galarza (ex-Vasco) por suspensão, também pode carimbar seu passaporte para o Mundial do ano que vem em caso de vitória.
No entanto, Alfaro faz tudo com calma: “Se perdermos, o que acontece? Nada. Vamos tentar de novo contra o Equador”, em setembro, na penúltima rodada das Eliminatórias.
“Esse é o tipo de jogo em que temos tudo a ganhar e nada a perder”, concluiu o treinador argentino.
Escalações prováveis:
Brasil: Alisson – Vanderson, Marquinhos, Alex, Alex Sandro – Bruno Guimarães, Casemiro, Gerson – Raphinha, Matheus Cunha, Vinícius Júnior. Técnico: Carlo Ancelotti.
Paraguai: Roberto Fernández – Juan Cáceres, Gustavo Gómez, Omar Alderete, Junior Alonso – Diego Gómez, Adrián Cubas, Damián Bobadilla, Miguel Almirón – Julio César Enciso, Arnaldo Sanabria. Técnico: Gustavo Alfaro.
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