Al-Hilal vence City (4-3) na prorrogação e vai enfrentar Flu nas quartas da Copa de Clubes

O Al-Hilal, da Arábia Saudita, surpreendeu ao eliminar o poderoso Manchester City nas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes nesta segunda-feira (30) com um impressionante placar de 4 a 3, em um jogo dramático que foi decidido no segundo tempo da prorrogação.

O City de Pep Guardiola vinha de uma goleada sobre a Juventus (5 a 2), e poucos acreditavam nas chances dos sauditas.

Mas os jogadores comandados por Simone Inzaghi mostraram ter personalidade e talento mais do que suficientes para silenciar um dos grandes favoritos do torneio.

Após um primeiro tempo de resistência, no qual o City abriu o placar por meio do português Bernardo Silva (9′), os sauditas viraram com gols dos brasileiros Marcos Leonardo (46′) e Malcom (52′), antes do norueguês Erling Haaland empatar (55′) e levar a partida para a prorrogação.

O Al-Hilal achou que tinha feito a parte mais difícil ao fazer 3 a 2 com o francês Kalidou Koulibaly (94′), mas dez minutos depois Phil Foden deixou tudo igual novamente (104′).

Na reta final da partida eletrizante, Leonardo marcou seu segundo gol da noite (112′) e mandou o City para casa.

Nas quartas de final, o Al-Hilal vai enfrentar o Fluminense, que mais cedo eliminou a Inter de Milão (2-0). O jogo será também em Orlando, na sexta-feira.

“Sinto uma grande satisfação. Os jogadores foram brilhantes, fizeram uma partida histórica contra um grande adversário e mereceram”, disse Inzaghi à DAZN após o jogo.

Já Guardiola lamentou a eliminação. “É uma pena porque tivemos uma jornada incrível juntos (…) Fomos felizes aqui”, disse o técnico espanhol.

“Vi muitas coisas boas que não via no passado”, acrescentou o treinador na coletiva de imprensa.

Uma muralha chamada Bounou

O City começou melhor, criando suas melhores chances pelas pontas.

Em uma boa arrancada pela esquerda, os ‘Citizens’ tiveram a sorte de marcar o primeiro gol. A defesa afastou um cruzamento do lateral Rayan Aït-Nouri para a área, mas a bola bateu em Ilkay Gündogan e ficou solta na pequena área para Bernardo Silva marcar sem dificuldade.

O gol abriu o apetite do time inglês. O ponta Savinho vencia quase todos os seus duelos e encontrava facilmente seus companheiros. Mas sua melhor chance, um chute de pé esquerdo à queima-roupa, esbarrou numa grande defesa de Yassine Bounou.

O goleiro marroquino se tornou uma muralha intransponível no final do primeiro tempo. Em poucos minutos, ele defendeu um chute rasteiro de Gündogan, um disparo de longa dostância de Savinho, desviou uma cabeçada de Josko Gvardiol após um escanteio e interceptou um chute de Bernardo Silva na área. Um pesadelo para o City.

Enquanto isso, os jogadores do Al-Hilal finalmente conseguiam chegar perto do gol de Ederson, aproveitando, sobretudo, a velocidade do ponta brasileiro Malcom, seu grande destaque.

Montanha-russa

Não se sabe o que o técnico italiano Simone Inzaghi disse à sua equipe no intervalo, mas seus jogadores voltaram a campo decididos a vencer. Principalmente Malcom, um foguete lançado repetidamente na direção do gol do City.

O brasileiro finalizou na área um cruzamento perigoso de João Cancelo, e a sorte, que havia oferecido aos ingleses um gol fácil, mudou de lado. O chute do ponta rebateu em Ruben Díaz e chegou ao atacante Leonardo, que cabeceou para o gol vazio.

A torcida saudita levantou a voz e a incredulidade tomava conta do mundo do futebol. O Al-Hilal estava fazendo frente ao todo-poderoso City. A surpresa logo se transformou em espanto quando Malcom aproveitou um passe longo para correr a metade do campo e superar Ederson com um chute cruzado.

O City estava perdendo e parecia muito abalado. Mas, em um escanteio, Erling Haaland aproveitou uma falha na defesa saudita para empatar o jogo.

O time de Guardiola pôde respirar um pouco. Com Rodri em campo, substituindo Gündogan, os ‘Citizens’ voltaram a ter a posse de bola e pareciam perigosos.

O habilidoso ponta Jeremy Doku tentou a sorte pelo lado esquerdo, mas faltou precisão na finalização. Assim como Haaland, cujo chute passou pela linha do gol antes de ir para fora.

O Al-Hilal resistia bravamente, e a partida, contrariando todas as previsões, foi para a prorrogação.

Os comandados de Inzaghi voltaram a ser superiores na volta a campo. Um escanteio cobrado por Ruben Neves encontrou Koulibaly na pequena área, e o zagueiro francês acelerou para cabecear para o fundo da rede.

O time saudita acreditava na façanha, mas o City tinha talento de sobra. O francês Rayan Cherki, que havia começado no banco de reservas, deu um passe preciso para Phil Foden, que conseguiu finalizar com um chute de pé esquerdo, com pouco ângulo.

Uma disputa nos pênaltis se aproximava quando, em um contra-ataque, Emerson defenmdeu uma cabeçada de Sergej Milinkovic-Savic mas Leonardo, o herói do Al-Hilal, aproveitou a sobra para marcar à queima-roupa e fazer história.

Escalações:

Manchester City: Ederson – Matheus Nunes (Manuel Akanji 53′), Rúben Dias, Josko Gvardiol (Nathan Aké 53′), Rayan Aït-Nouri – Ilkay Gündogan, Tijani Reijnders (Ryan Cherki 91′), Bernardo Silva (cap) – Savio Moreira De Oliveira, Erling Braut Haland (Omar Marmoush 91), Jeremy Doku. Técnico: Josep Guardiola.

Al Hilal: Yassine Bounou – Joao Cancelo (Hamad Hamad Al Tuhayfan 88′), Kalidou Koulibaly, Ruben Neves, Moteb Al-Harbi (Ali Al-Bulaihi 88′), Renan Lodi, Mohamed Kanno (cap) (Ali Alawjami 83′) – Nasser Al-Dawsari (Musab Fahz Aljuwayr 106′), Sergej Milinkovic-Savic, Malcom (Kaio César Lima 64′) – Marcos Leonardo (Khalid Al Ghannam 116′). Técnico: Simone Inzaghi.

© Agence France-Presse

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