O número dois do chavismo e membro da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, disse que o juiz eleitoral que denunciou irregularidades nas eleições venezuelanas de 28 de julho, Juan Carlos Delpino, deixou o país sul-americano e será destituído de seu cargo.
Na segunda-feira (26), em coletiva de imprensa dada apenas a veículos de comunicação estatais, Cabello disse que o juiz eleitoral faz parte de um plano para criar dúvidas sobre o resultado das eleições de 28 de julho.
Cabello continuou e disse que Delpino foi da Venezuela para o país vizinho, Colômbia. Segundo o aliado de Nicolás Maduro, o diretor do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) recebeu ajuda do governo americano para ir ao Panamá. Depois ele irá para os Estados Unidos da América (EUA) onde será “testemunha protegida” do governo, segundo Cabello.
“[Juan Carlos] Delpino agora faz parte da lista dos traidores da pátria. (…) Ele abandonou o cargo e serão aplicados os procedimentos previstos na Constituição e na lei. Cabe à Assembleia Nacional a nomeação e remoção dos funcionários que são de sua competência, e o caso dos diretores do CNE é de responsabilidade da Assembleia Nacional”