UOL/FOLHAPRESS
A Polícia Civil do Distrito Federal realizou nesta quarta-feira (3) a Operação Código Fantasma para acabar com uma organização criminosa que fraudava emplacamentos. A ação começou após o Detran/DF detectar irregularidades frequentes envolvendo veículos pesados.
Grupo invadia aparelhos eletrônicos para conseguir credenciais falsas e acessar o sistema do Detran. Com isso, criava registros de veículos com documentos falsificados ou, em alguns casos, inexistentes.
O esquema se destacou pela sofisticação. Eram utilizado análise de rastros digitais, conexões mascaradas por serviços de anonimização e cruzamento de dados de diversas bases de informação. O nome da operação faz referência à criação de “registros fantasmas”, realizados por acessos igualmente clandestinos ao sistema.
Os criminosos burlavam os sistemas de segurança e registravam veículos sem pagar taxas ou fazer as vistorias obrigatórias. Segundo a polícia, eles usavam VPNs para esconder a origem das conexões e transferiam os veículos para outros estados para dificultar o rastreamento.
Grupo usava empresas de fachada e revendas de automóveis para fingir legalidade. Parte do dinheiro ilegal foi convertido em criptomoedas, caracterizando lavagem de dinheiro e tornando a investigação financeira mais complexa.
Cada integrante exercia uma função específica. Isso envolvia a execução técnica das invasões, suporte de infraestrutura digital e operação de empresas utilizadas para dar destino aos registros fraudulentos.
Três suspeitos foram encontrados em uma casa de alto padrão em Fernandópolis (SP). Na ação, a polícia apreendeu carros de luxo e vários equipamentos eletrônicos, que passarão por perícia para coletar provas digitais. As contas bancárias dos investigados também foram bloqueadas.
Os suspeitos vão responder por invasão de dispositivo eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem chegar a 17 anos de prisão, além de multa. Os investigados moram no interior de São Paulo e possuem vínculo familiar entre si.
Investigação contou com apoio técnico do Detran/DF, que apoiou para a identificação dos envolvidos. Ela foi conduzida pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC/Decor). A investigação contínua para identificar outros suspeitos, mapear todas as fraudes e aprofundar a análise de criptomoedas e equipamentos apreendidos.



