Título: CEF 04 de Ceilândia conquista etapa regional da Olimpíada Brasileira de Cartografia

O Centro de Ensino Fundamental 04 de Ceilândia alcançou um marco significativo na Olimpíada Brasileira de Cartografia (Obrac) ao conquistar o primeiro lugar na etapa regional do Centro-Oeste. A vitória garante à escola a participação na fase nacional da competição, que será realizada no Rio de Janeiro entre os dias 17 e 22 de novembro.

O resultado reflete o empenho de alunos e professores em projetos envolvendo mapeamento, geografia e análise espacial, temas que vêm ganhando relevância nas escolas públicas do Distrito Federal. A conquista eleva o nome da instituição e inspira outras unidades de ensino a investirem em competições científicas e interdisciplinares.

Para os estudantes, a olimpíada revelou novas perspectivas sobre cartografia. “Quando falamos sobre cartografia com nossos pais, achávamos que íamos desenhar mapas, mas aprendemos como se faz o mapa, como pegar os dados no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”, conta Maísa Xavier, de 14 anos, aluna do 9º ano. Ela acrescenta que o conhecimento adquirido tem um propósito em seu futuro: “Quero ser pesquisadora, e as informações fornecidas pelo IBGE podem me ajudar”.

A experiência prática com mapeamento digital surpreendeu a equipe. “Foi legal entender como é confeccionado o material de estudo e pesquisa”, complementa Maísa, destacando a transformação na percepção dos estudantes sobre as ferramentas acadêmicas que usam diariamente.

Trabalho em equipe

A segunda etapa da olimpíada exigiu criatividade e colaboração. Os estudantes desenvolveram um jogo educativo com temática de caça ao tesouro, abordando questões sobre quilombos e educação antirracista. “Produzimos um jogo em que os alunos respondiam pistas sobre os quilombos e a educação antirracista, e foram classificados de acordo com as respostas”, explica David Souza Landim, de 15 anos.

Para Uriel Lima Cruz, de 14, o segredo do sucesso foi o trabalho em equipe: “Trabalho em equipe, com certeza, para a criação dos mapas e do jogo”. Ele vê o aprendizado como investimento para o futuro. “Quando precisarmos de emprego, podemos colocar isso no currículo.”

Dedicação e apoio docente

O desempenho da equipe deve muito à professora Vanessa Cristina Vasconcelos, que atua há 11 anos na rede pública. “Grande parte da nossa vitória é por conta da professora. Ela é um grande exemplo de como fazer as coisas de forma séria e bem feita. Ela trabalhou de forma independente, enquanto em outras olimpíadas há grupos de apoio com vários professores envolvidos”, afirma Maísa.

Vanessa explica que precisou trabalhar a autoconfiança dos estudantes desde o início. “Na primeira etapa, a Maísa falou: ‘Professora, não temos chance contra as escolas privadas’. Eu respondi: ‘Vocês não têm noção de como são inteligentes e capazes’”, relembra. Saídas de campo também ampliaram os horizontes dos alunos, incluindo visitas à Universidade de Brasília.

Expectativas para a fase nacional

A equipe do CEF 04, formada por quatro alunos e pela professora Vanessa Cristina, embarca para o Rio de Janeiro no dia 17 de novembro, com retorno previsto para o dia 22. Durante cinco dias, os estudantes participarão de visitas técnicas, minicursos, a prova de corrida de orientação e a cerimônia de premiação. Todas as despesas são custeadas pela Obrac, garantindo dedicação total à competição.

Israel Thyago Corrêa, de 14 anos, descreve a experiência como única: “Nunca imaginei, é uma oportunidade única. Vai ser difícil, são os primeiros de cada região. Mas vamos dar o nosso máximo”.

As três melhores equipes do Brasil, cada uma composta por quatro alunos e um professor-coordenador, disputarão a grande final. A equipe vencedora receberá medalhas, troféu e, no caso da escola pública melhor classificada, bolsas de Iniciação Científica Júnior válidas para 2026. As equipes em segundo e terceiro lugares também serão premiadas com medalhas de prata e bronze.

Orgulho da escola

A diretora do CEF 04, Maria Madalena Araújo, ressaltou a emoção com a conquista dos estudantes. “É um orgulho muito grande, porque, como poderíamos imaginar que de uma cidade com tantas dificuldades sairia algo tão positivo, voltado para a aprendizagem e o futuro desses meninos?” Ela também destacou a dedicação da professora Vanessa e o impacto motivador da participação na olimpíada.

Sobre a Obrac

A Olimpíada Brasileira de Cartografia é um evento bienal coordenado pela Universidade Federal Fluminense, voltado para estudantes do 9º ano dos ensinos fundamental e médio, com idades entre 13 e 19 anos, de escolas públicas e privadas. A competição é estruturada em etapas progressivas, com fases teóricas e práticas que desafiam os participantes em diferentes aspectos do conhecimento cartográfico. Apenas as três equipes com melhor desempenho avançam para a grande final no Rio de Janeiro.

Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)

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