O jornalista Luiz Recena Grassi morreu na madrugada desta terça-feira (14), aos 73 anos, em Brasília. Racena enfrentava problemas de saúde e estava sob cuidados médicos nas últimas semanas.
Natural do Rio Grande do Sul, ele se formou na primeira turma de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em 1975. O amor pelas notícias e pelas palavras o levou a construir uma trajetória marcada por dedicação e reconhecimento na imprensa nacional e internacional.
Com mais de 40 anos de carreira, Recena teve passagens por grandes veículos de comunicação. Entre 1982 e 1985, integrou a equipe da Rede Globo, onde atuou como chefe de reportagem e editor do Jornal Nacional e do Jornal da Globo. Depois, foi repórter especial do Correio Braziliense de 1986 a 1997, período em que trabalhou como correspondente internacional em Moscou e Paris.
Entre 1988 e 1992, colaborou com a agência russa Tass, no serviço de notícias em português, e também foi correspondente para veículos como Jornal do Brasil, Agência Estado, Rádio Eldorado, Diário de Notícias (Lisboa) e Deutsche Welle. De 1998 a 2004, dirigiu a redação da Gazeta Mercantil e comandou as sucursais de Brasília, Recife e Rio de Janeiro. Em 2005, foi responsável pela reformulação editorial da Tribuna do Brasil, onde atuou como editor-chefe.
Recena também foi escritor. Publicou o livro Baco — Em busca da pizza perfeita, pela Editora Senac-DF, em 2009, narrando a história dos dez anos do restaurante. É autor ainda de Rússia Condenada — A primeira guerra mundial com alta tecnologia, resultado de seu período como correspondente no exterior, e foi editor responsável pela obra Constituição & Democracia.
Sua experiência profissional também incluiu o magistério. Lecionou redação em uma faculdade no México e, na antiga União Soviética, trabalhou na agência TASS, onde escreveu sobre a Perestroika e a queda do regime soviético para veículos do Brasil, Portugal e Alemanha. Em seguida, passou por Paris e Portugal, antes de retornar a Brasília.
Luiz Recena Grassi deixa a esposa, a jornalista Rozane Oliveira, e dois filhos: Jaime Recena e o também jornalista Diego Recena.
As informações sobre o velório e o sepultamento ainda não foram divulgadas.
