A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Animais (DRCA), realizou uma operação na tarde desta quinta-feira (9) para combater o tráfico de animais silvestres, especialmente de psitacídeos (como araras e papagaios), que vinha ocorrendo em grupos de aplicativo de mensagens.
A investigação começou após denúncia de uma jovem, que apresentou à polícia provas de negociações ilegais de aves realizadas por um homem em um grupo de WhatsApp.
Com base nas informações, os agentes da DRCA se deslocaram até uma agropecuária no Sol Nascente, onde observaram movimentação suspeita. No local, dois homens foram abordados e apontados como diretamente envolvidos no comércio ilegal.
Durante a vistoria, os policiais encontraram dois filhotes de arara sem penas, trancados em uma caixa sem ventilação dentro de um banheiro escuro, em condições críticas e sem alimentação.
Segundo a DRCA, a retirada precoce dos filhotes do convívio materno coloca em risco a sobrevivência das aves e caracteriza maus-tratos graves, além de configurar tráfico de fauna silvestre.
Os dois suspeitos foram presos em flagrante e vão responder pelos crimes previstos nos artigos 29, §1º, inciso III, e 32 da Lei nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais). Um deles também responderá por exploração do jogo do bicho, conforme o artigo 58 da Lei de Contravenções Penais.
A PCDF informou que as investigações continuam para identificar e prender outros envolvidos, incluindo o proprietário do estabelecimento e o indivíduo que intermediava as vendas pelo aplicativo.
Os filhotes de arara foram resgatados e encaminhados ao HFAUS/IBRAM, onde estão recebendo os cuidados necessários para reabilitação.
