O tradicional Desfile Cívico-Militar do dia 7 de Setembro teve como tema o “Brasil Soberano”. Na Esplanada dos Ministérios, se reuniram no domingo, um público total estimado de 45 mil pessoas segundo o Governo Federal. A celebração do Dia da Independência contou com três eixos temáticos: Brasil dos Brasileiros, COP30 e Brasil do Futuro. A programação também contou com os desfiles clássicos das tropas das Forças Armadas – Marinha, Exército e Forças Aéreas.
Com o espírito de orgulho de ser brasileiro, ao redor das arquibancadas do desfile, as famílias se reuniram para acompanhar o trajeto. A psicóloga Ana Débora Silva Leite, 28 anos, e o marido, o projetista Jeferson Rodrigues Freire, 35 anos, aproveitaram para assistir o desfile e trazer os filhos para aproveitarem esse momento patriótico com eles. Os dois são paraibanos e moram no DF há mais de cinco anos. “Mas agora estamos voltando para a Paraíba e aproveitamos para ver o desfile pela primeira vez. A gente sempre quis vir, mas nunca conseguimos antes”, explicou Ana. Eles estavam acompanhando as atrações enquanto passavam pelo telão, mas Jeferson achou muito bonito o desfile. “Estava bem cheio e bem movimentado, mas também está muito tranquilo”, comentou Jeferson.
Ana contou que na cidade natal, ela já desfilou com a escola na infância. Os filhos Isaac e Maria estavam junto com o casal e Ana acredita que é importante mostrar esse evento para as crianças. “A Maria gostou muito de ver o desfile. E a gente quer seguir com essa tradição e levar eles nos desfiles cívicos seja onde estivermos, até eles crescerem”, destacou.
Orgulho da bandeira
Rai Melonio, 50 anos, é técnica em enfermagem e junto da filha, Ana Tereza Melonio, 22 anos, estudante de Biologia, também compareceu ao desfile na Esplanada. Rai é maranhense mas mora na capital federal há trinta e quatro anos. Nem sempre ela conseguiu estar presente para celebrar essa tradição do Dia da Independência, mas quando teve a oportunidade, sempre fez questão de participar. “É importante demonstrar amor pela nossa pátria. São tradições que não são de hoje. E nós, como boas brasileiras, viemos prestigiar”, disse.
Inclusive, foi a primeira vez que Ana Tereza acompanhou a mãe na programação. “Acho interessante e importante, principalmente para ressignificar a nossa bandeira. Nós como brasileiros em si, sem partido mesmo”, salientou Ana Tereza. Para ela, nos últimos tempos, a bandeira se tornou bandeira política, mas a população tem que entender que a bandeira é dos brasileiros, antes de qualquer coisa. “Também acho importante a gente também estar nesse desfile com um senso de comunidade geral, independente de partido. A gente ainda é uma nação, acho que é essa parte mais importante do evento, que traz esse vínculo”, ressaltou.
A servidora pública Clarice Marinho, 42 anos, foi assistir ao desfile com o marido, os filhos e o sogro. Ela lembra que antigamente costumava ir ao evento com o pai. “Faz bastante tempo que eu não assisto o desfile, me senti mobilizada emocionalmente para assistir o evento esse ano e trazer meus filhos”, afirmou. Clarice contou que as crianças têm gostado de ver os carros das diversas Forças de Segurança que passaram pela via. “Toda criança tem um carrinho do Corpo de Bombeiros em casa e aí os helicópteros passam juntos e tudo isso no mesmo lugar. Tem ainda o Zé Gotinha, o Curupira e outros”, citou.

Para Clarice, essa é uma oportunidade da população ter uma outra relação com as Forças de Segurança, não de medo, mas de admiração pelo serviço que eles prestam. “Não só as Forças de Segurança que estão desfilando e mostrando os seus serviços para a população, mas também passaram pela via os estudantes do Pé de Meia, do Bolsa Atleta, o Samu. E passa um sentimento de orgulho para a gente”, declarou. Com esse sentimento, Clarice espera que o momento marque a memória dos filhos. “Meu filho perguntou o que é o desfile e eu falei que é uma apresentação em movimento. Acho que as atrações capturaram bastante a atenção deles”, pontuou.
Sem lugar nas arquibancadas, a estudante de física Verônica Rabello, 21 anos, foi uma das pessoas que subiram nas árvores para poderem enxergar melhor as entidades que passavam na passarela em que se transformou a via da Esplanada. Ela estava acompanhada da mãe, prestigiando o desfile. “Acho que eu assisto esse desfile desde que eu tinha uns quatro, cinco anos, desde pequenininha”, comentou. Ela continua vindo todos os anos para celebrar o momento cívico e se empolga ao falar da atividade: “Assisti ao evento de camarote, nessa localização maravilhosa”.
Para ela, todo ano é muito bonito e supera o anterior. Para ela é gratificante poder ver todo o desfile, para saudar tudo que o Brasil proporciona para a população. “Tudo em um momento só. É o Sistema Único de Saúde (SUS), é o Exército, é a Esquadrilha da Fumaça, é a educação com as escolas desfilando”, descreveu. Veronica considera que apesar das suas dificuldades, o Brasil ainda consegue oferecer qualidade para todos em muitos aspectos.