Por Larissa Barros
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Após o fim da greve dos professores, encerrada na última quarta-feira (26), o calendário de reposição das aulas foi definido. Segundo o acordo entre o Sindicato dos Professores (Sinpro) e a Secretaria de Educação (SEEDF), os 16 dias letivos perdidos serão compensados ao longo do mês de julho, em dias de semana. Apesar dos 24 dias de paralisação, o fim do ano letivo está mantido para 19 de dezembro.
A recomposição das aulas está autorizada aos sábados, com exceção do dia 5 de julho, que será utilizado como dia letivo. As escolas também podem usar os dias 7 e 8 de julho. Caso essas datas já tenham sido utilizadas, as unidades podem optar pelos sábados 12 e 19 de julho.
De acordo com a SEEDF, a reposição deve ser encarada como uma oportunidade estratégica para garantir o direito à aprendizagem dos estudantes. “É fundamental que os dias destinados à reposição sejam planejados com intencionalidade pedagógica, assegurando a qualidade do processo de ensino e aprendizagem”, destacou a pasta.
Para os profissionais que aderiram à greve, o recesso escolar ocorrerá entre os dias 28 de julho e 3 de agosto. O semestre letivo começa no dia 4 de agosto para toda a rede, e os cinco dias de recesso devem ser repostos no segundo semestre, três no terceiro bimestre e dois no quarto, com datas a serem definidas por cada unidade escolar.
Além da definição sobre o calendário, o encerramento da greve também resultou em avanços relacionados à valorização da carreira docente. Segundo a Secretaria de Educação, foi mantido o compromisso com a categoria de realizar um novo concurso público no primeiro semestre de 2026. Também foi acordada a prorrogação do concurso vigente e a nomeação de três mil professores até o final de 2025.
“O governo se comprometeu a convocar pelo menos três mil profissionais da educação até dezembro deste ano. Isso é fundamental, porque hoje grande parte das escolas do DF funciona com professores em regime de contratação temporária, muitos deles aprovados no concurso de 2022, mas que ainda não haviam sido nomeados. Também conseguimos a prorrogação do concurso atual por mais dois anos e a realização de um novo concurso público no primeiro semestre de 2026”, explicou Cleber Soares, diretor do Sinpro e membro da comissão de negociação.
Ele reforça que a mobilização da categoria tem como objetivo garantir uma educação pública de qualidade, que promova a emancipação dos estudantes, filhos e filhas, em sua maioria, da classe trabalhadora.
Outra conquista da categoria foi o avanço na reestruturação da carreira. O Governo do Distrito Federal se comprometeu a enviar à Câmara Legislativa um projeto de lei para reajustar os percentuais de progressão por titulação. A proposta prevê que, a partir de janeiro de 2026, os percentuais passem de 5% para 10% no caso de especialização, de 10% para 20% para mestres e de 15% para 30% para doutores.