O Tribunal do Júri de Brasília condenou Kelilson Fonseca Brandão a 11 anos, dois meses e 22 dias de reclusão, em regime inicial fechado, por tentativa de feminicídio contra sua companheira. O crime ocorreu na manhã de 16 de fevereiro de 2023, em uma barraca de lona instalada nas imediações do Centro Hípico da capital.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Kelilson e a vítima, ambos em situação de rua, haviam mantido um relacionamento amoroso por cerca de três meses no ano de 2019. Após um período separados, eles voltaram a conviver juntos em janeiro de 2023.
Durante a sessão de julgamento, o Conselho de Sentença acolheu as qualificadoras apresentadas: motivo torpe, emprego de fogo e a condição do sexo feminino da vítima. Com isso, o réu foi condenado por tentativa de homicídio triplamente qualificado.
O juiz que presidiu o júri destacou a premeditação como agravante, ressaltando a frieza e o planejamento por parte do acusado. “O comportamento do réu denota frieza e pensamento prévio”, afirmou o magistrado.
Além disso, o julgador considerou especialmente graves as circunstâncias do crime, cometidas em um local precário e contra alguém com quem o réu mantinha laços afetivos e de convivência. “O fato de a vítima manter convívio e relação de confiança com o acusado, por compartilharem o mesmo espaço doméstico, agrava ainda mais a conduta, pois evidencia uma traição à confiança, ampliando o sofrimento e a exposição da ofendida”, declarou.
A vítima sofreu múltiplas lesões corporais, incluindo queimaduras, em decorrência das agressões. Em função da gravidade dos fatos e da pena imposta em regime fechado, o juiz também negou a Kelilson o direito de recorrer em liberdade.
Com informações do TJDFT
